Carnaval em Maceió - 1953 Com ou sem Zé Pereira, o carnaval de Maceió até a década de 50 era pra valer e realizado num ambiente sadio, onde todo mundo se entendia, sem brigas nem assaltos, nos salões e nas ruas, e com muito romantismo. Ele nasceu na mesma época da fundação da cidade, quando lançaram o entrudo, brinquedo de rua, com a saída de mascarados e combates de “laranjinhas”, brincadeira combatida pela imprensa já nos meados do século passado. A Troça, como era chamado esse grupo de foliões, foi desaparecendo para dar lugar aos combates de serpentinas, confetes e lança-perfumes, ao corso e aos grandes clubes carnavalescos. Dele, ainda hoje existem resquícios nos arrabaldes, com a apresentação de pequenos blocos de mascarados visitando residências de pessoas amigas, para bebericar. Quase sempre, um dos componentes do animado grupo se fantasia de urso, com a roupa feita de velhos sacos de estopa, e a cauda de trança de cebola. As cabacinhas e laranjinhas foram substituídas pelo talco e farinha de trigo, materiais usados, também, nos salões dos nossos clubes, em lugar da serpentina, do confete e do agradável lança-perfume. Esses pequenos grupos carnavalescos foram os precursores dos grandes clubes, que cresceram assustadoramente, atingindo o auge nos anos 30/40, quando o carnaval fervia mesmo. Segundo os mais velhos, o primeiro clube a aparecer foi o “Morcego “, com seus figurantes fantasiados do respeitável vampiro. A seguir, o maceioense passou a contar com uma série interminável de conjuntos destinados a animar o nosso tríduo momesco: “Cavaleiro dos Montes”, “Cara Dura”, “Marítimos”, “Vou Botar Fora”, “As Onze Mil Virgens”, “Vulcão, “Pás Dour |
Cavaleiro dos Montes
Data de fundação: 1923
Histórico: O bloco foi fundado por Benedito dos Santos,
em 1923, no bairro do Farol. Hoje é comandado pelo Sr. Jerônimo. São em
torno de 100 integrantes. Antigamente a orquestra de Marechal Deodoro
participava de várias festividades, mas o bloco só ia às ruas na época de
carnaval. Foi 23 vezes campeão e o traje tradicional do bloco é o de cowboy.
Daqui Não Saio
Data da Fundação: 1952
Histórico: O bloco era do pai, o senhor Augusto Joaquim
da Silva, e existia desde 1952. O mesmo faleceu há 6 anos e o Sr. Reinaldo, seu
filho, tomou conta do bloco. É composto por mais de 100 pessoas e Sr.
Reinaldo é o responsável pelas roupas, que depois ficam com os componentes.
Apresentam-se na época do carnaval e ensaiam na sede, vizinha a residência do
presidente.
Sai da Frente
Data de fundação: 19/09/1940
Histórico: Foi fundado pelo Sr. Manoel Tenório e senhores
Lourival e Edvaldo. Quando adolescente, senhor Manuel era louco por carnaval e
com um pedaço de pano fazia as bandeiras e ia para a rua, mas não ficava
satisfeito porque arrastava poucas pessoas. Já adulto resolveu então fortalecer
o bloco e o estruturou melhor. Começou então a arrastar uma quantidade razoável
de participantes. Foi campeão várias vezes e hoje guarda os 32 títulos de
campeão. Dos blocos de frevo é o que detém o maior número de títulos, um dos
blocos mais tradicionais e que já arrastou muita gente para a folia.
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Carnaval na Rua do Comércio - 1958 - Bloco Vulcão |
Que página maravilhosa, bem pesquisada e contagiante, imagens saudosas dos antigos carnavais. Estou muito emocionada, o blog faz aniversário e a temática homenagea a minha querida Maceió. O início de toda nossa história. Parabéns poe tantos ensinamentos. Agradecida por partilhar.
ResponderExcluirBelíssima e educativa página. Hoje o blog faz aniversário em alto estilo. A apoteose do Carnaval é de Maceió. Cidade Natal dos meus amigos poetas Elisabete Leite e Jorge Leite. Parabéns blog!
ResponderExcluirTudo muito lindo e expressivo no blog, ele faz mais um mês de aniversário e aproveita para homenagear Maceió, uma cidade deslumbrante. Que hoje relembra os antigos carnavais. Um texto repleto de aprendizagens. Parabéns Blog!
ResponderExcluirOficialmente o Carnaval acabou, mas o blog vai eternizar todos esses momentos. Linda página em homenagem a Maceió. Parabéns blog pelo aniversário!
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