JOSÉ CARVALHO VILARINHO
E... SOBRE GÓLGOTAS...
E... rumava, Ele, entre os velhos muros... entre os
escárnios de uma humanidade falida... contra a Vida... sereno, embora não
pequeno... mas se fazia... diante da ironia (e da hipocrisia) do momento... não
havia lamento... pois que o sofrimento, de outro lado vinha... vinha das
vinhas, das vinícolas ventriculares da alma daquele povo... desbarrancando-se,
de novo... uma ave que não valia um ovo... mas que, Ele, nunca considerara
estorvo... Era um povo parente do Corvo... parente das rapinas... que queria
sangue... para “lavar seus ‘pecados’”... mas... ‘per’aí... “pecado” não é o
mesmo que erros e desacertos?...! sangue transporta Melanina... e morfina...
Então??? Lava-se as falhas entre os granidos e as línguas das Gralhas??? Sei
lá... é muito confuso... não sei se mais obtuso, sou eu ou aquela gentalha...
Não creio que sangue lave... aliás, tenho-o por entrave... pois que suja, fede,
se corrompe, apodrece... e quem acha que merece... lavar-se em “sangue perfeito”...
por certo perdeu o jeito... de ser Ser Racional... está mais pra animal...
violento sanguinolento... que quer tirar seu sustento... do sangue dos
ademais... quais??? A eles não importa... pois que suas existências...
tortas... são algo misto de profano... de desumano... de mundano... e os
danos??? É o que conforta os levianos... seus planos::: ficarem atrás da
porta... esperando a carne morta... daquilo que já mataram... daquilo que
deturparam... que comeram, com azia... pois que, a carne, já fria... nunca lhes
satisfaria... era preciso mais... mais sangue, mais carne morta... pois, ao
ímpio, só importa... sempre “levar vantagem”... mesmo que, nessa viagem... caia
por algum abismo... ou seja destroçado em cataclismo...
E... Ele seguia absorto... sabendo que o verdadeiro morto...
era o ideal humano... pois, no passar dos anos... outros antes... outros
depois... não seriam um e nem dois... perseguidos pela ignorância... De novo
tudo se faria... pôncio, kaiser, multidão em gritaria... pedindo o fim da
Sabedoria... pois a escravidão os nivelaria... à servidão, à serventia...
tornando-os, de fato... milhares de capitães-do-mato... a trair suas próprias
entranhas... entre manhas e artimanhas... pisarem em quem os ama... e, na mais
ardil das tramas... eliminarem quem os ajuda... passo o tempo, ato não muda...
e muitos nem irão aprender... as Lições do ABC...
Hoje o Blog é José Carvalho Vilarinho, o Violeiro Capiau. Um artigo maravilhoso com a assinatura de Vilarinho; e um poema belíssimo típico do Violeiro Capiau. Versátil em seu artigo, com uma linguagem erudita, rico em simbolismo que lembra Edgar Allan Poe. Um artigo que com alguns toques na tecla “espaço” transforma-se em um belo poema. Essa versatilidade de discursar em forma de poesia é característica de José Camargo Vilarinho. Seu poema típico de um homem simples em sua sapiência, um homem iluminado. E todo sábio é simples. José Carvalho Vilarinho transita entre Catulo da paixão Cearense e Edgar Allan Poe, e o faz com muita competência.
ResponderExcluirPoderia ficar horas e horas descrevendo-o, porém, seus contos e poemas, figurativos, cheios de metáforas, o retratam melhor do que centenas de escritos. Parabéns Vilarinho.
Belíssima página, um texto bem ao estilo dele, profundo, erudito com muitas mensagens escondidas nass entrelinhas. O lindíssimo poema faz uma homenagem merecida ao poeta Jorge Leite, versos tecidos com maestria. Violeiro Mineiro Capiau é mestre nesse assunto. Parabéns as belas imagens complementam o conjunto. Aplausos para ambos. Bravíssimo
ResponderExcluirMais um lindo e expressivo texto do amigo Violeiro, que contém um profundidade peculiar do poeta, mas muito bem escrito. Precisei ler e reler para compreender as mensagens abordadas; já o poema, com merecida homenagem ao amigo poeta Jorge Leite é belíssimo e emocionante. O peito sangrou! Parabéns pelo conjunto. Abraços a todos!
ResponderExcluirUm texto profundo, erudito e difícil para ser entendido, mas de beleza ímpar. Já o poema que faz uma homenagem merecida ao poeta Jorge, pela reflexiva mensagem da passagen da aposentadoria é fenomenal bem ao estilo do Violeiro. Parabéns aos dois pela arte e poetizar Abraços de bom dia!
ResponderExcluirTexto erudito e profundo, mas é bem estilo Capiau. Mensagens atualíssimas que faz gosto ler e reler. O poema em merecida homenagem ao amigo poeta Jorge Leite é uma maravilha de momento poético. Parabéns pelas imagens ilustrativas. Aplausos ao conjunto. Abraços
ResponderExcluirMuito emocionado, e me sentindo lisonjeado, por mais esta publicação, neste, excelente, blog, de meus simplórios escritos... Eu diria que, tudo que faço, faço no momento... quando os Céus me legam a inspiração, o que junto à emoção, daquilo que considero Real e correto... O poema sobre o Poeta Jorge surgiu a partir de seus próprios escritos; da visão do que ele queria dizer, naquele angustiante momento que viveu, ao se aposentar... ali vi que estava estampado o que seria, e faria, eu, se estivesse no lugar e posição em que ele se encontrava... Também, pela mesma linha, o "Sobre Gólgotas" surgiu do momento que todos nós estamos vivendo... está mais para um expressão de desabafo do que para um momento artístico... Portanto, os dois escritos, são uma interpretação real, embora simplória, dos momentos vivenciados e sentidos... Obrigado a todos pela leitura e gentis considerações e, em especial, um grande obrigado ao Dr Jorge pela atenção e apreço! Violeiro Mineiro Capiau (José Camargos Valadares)....
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