(para
o poeta Pedro Cesar que já a homenageou com lindos versos)
A Rua
não é
dos veículos
que
trafegam em seu asfalto:
um
solo fértil de árvores
e
cheio de cicatrizes.
A Rua
não é
dos pedestres
que
se esbarram nas calçadas
estreitas,
congestionadas.
Homens,
mulheres, petizes.
A Rua
não é
dos ambulantes
que
subtraem seus espaços,
ali à
sombra das árvores,
sob
guarda-sóis, marquises.
A Rua
é
mesmo das árvores
que
adornam o seu corpo,
enternecem
o seu semblante,
que
ali fincaram raízes.
(José
Waldeck, 11/12/2015)
..................................................
https://youtu.be/e4y6WyKwq6g
ARTERIAL
Geraldo
Melo, ladeira,
pulsante
artéria central
de
importância capital
para
a urbe costeira.
Ostenta
– com brio, altiva –,
a
“centenária” elegante,
o
verde exuberante
da
vegetação nativa.
Resquício
da Mata Atlântica
no
coração da cidade,
de
uma grandeza quântica
que
passa despercebida
para
a velocidade
do
corre-corre da vida.
(José
Waldeck, 19/05/2016)
[Nota:
A Ladeira Dr. Geraldo Melo dos Santos fica em Maceió (AL) e é popularmente
conhecida como a Ladeira da (antiga) Rodoviária.]
José
Waldeck
http://www.reportermaceio.com.br/antiga-rodoviaria-poco-decada-de-60-no-predio-atualmente-funciona-uma-escola-particular/
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Ladeira dos Martírios |
Um Pouco de História
O povoado
que deu origem a Maceió surgiu num engenho de açúcar. Antes de sua fundação, em
1609, morava em Pajuçara Manoel Antônio Duro que havia recebido uma sesmaria de
Diogo Soares, alcaide-mor de Santa Maria Madalena.
As terras foram transferidas depois para outros donos e em 1673 o rei de Portugal determinou ao Visconde de Barbacena a construção de um forte no porto de Jaraguá para evitar o comércio ilegal do pau-brasil.
O povoado tinha uma capelinha em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres construída onde hoje está a igreja matriz, na Praça Dom Pedro II.
O desenvolvimento do povoado foi impulsionado pelo porto de Jaraguá sendo desmembrado da Vila das Alagoas em 05 de dezembro de 1815, quando D. João VI assinou o alvará régio.
Com a emancipação política de Alagoas, em 1817, o governador da nova Capitania, Sebastião de Mélo e Póvoas iniciou o processo de transferência da capital para Maceió, um processo tumultuado que encontrou resistência de homens públicos e da câmara Municipal.
Uma expedição militar de Pernambuco e da Bahia chegaram a Maceió para garantir a ordem e no dia 16 de dezembro de 1839 foi instalada a sede do governo em Maceió. A partir daí Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político. Teve início uma nova fase no comércio e começou a industrialização.
O nome Maceió tem denominação tupi 'Maçayó' ou 'Maçaio-k' que significa 'o que tapa o alagadiço'.
As terras foram transferidas depois para outros donos e em 1673 o rei de Portugal determinou ao Visconde de Barbacena a construção de um forte no porto de Jaraguá para evitar o comércio ilegal do pau-brasil.
O povoado tinha uma capelinha em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres construída onde hoje está a igreja matriz, na Praça Dom Pedro II.
O desenvolvimento do povoado foi impulsionado pelo porto de Jaraguá sendo desmembrado da Vila das Alagoas em 05 de dezembro de 1815, quando D. João VI assinou o alvará régio.
Com a emancipação política de Alagoas, em 1817, o governador da nova Capitania, Sebastião de Mélo e Póvoas iniciou o processo de transferência da capital para Maceió, um processo tumultuado que encontrou resistência de homens públicos e da câmara Municipal.
Uma expedição militar de Pernambuco e da Bahia chegaram a Maceió para garantir a ordem e no dia 16 de dezembro de 1839 foi instalada a sede do governo em Maceió. A partir daí Maceió consolidou seu desenvolvimento administrativo e político. Teve início uma nova fase no comércio e começou a industrialização.
O nome Maceió tem denominação tupi 'Maçayó' ou 'Maçaio-k' que significa 'o que tapa o alagadiço'.
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Gogó da Ema |
Obrigado José Waldeck por mais uma chance de rever minha querida "Maçeyó". Sou de 1950, quando o "Gogó da Ema" reinava nas praias de lá, e hoje é símbolo dessa Cidade que amamos. Postar essa imagem do Gogó da Ema foi quase um pedido, estou no aguardo do seu versar sobre "Gogó da Ema". E se tiver guardado algo sobre "Levada", o Bairro em que eu e Elisabete Leite nascemos, ficarei orgulhoso em compartilhar.
ResponderExcluirObrigado mais uma vez e um forte abraço.
Eu é que estou, mais uma vez, muito agradecido por contar com amizade de vocês, Elisabete e Jorge Leite! Muito obrigado mesmo pela divulgação que vocês têm feito da minha poesia! Abraços!
ExcluirDois belíssimos poemas regionais do ilustre amigo poeta José Waldeck. Que retratam alguns dos pontos turísticos da minha inesquecível Maceió, cidade onde nasci e cresci. Emocionada e muito agradecida pelas sentidas e belas recordações... Gratidão pela chance de rever em seus versos magistrais memórias da cidade que amamos. As ilustrações me projetou ao meu tempo de adolescente e, aqui recordo as minhas viagens, entre Recife e Maceió. Tudo perfeito! Explode coração de saudade, da minha juventude que não volta mais. Parabéns e gratidão! Um forte abraço.
ResponderExcluirQue bom, amiga poetisa! Recordar é viver, né? Muito obrigado, Elisabete Leite! E outros poemas sobre Maceió, decerto, virão. Um abraço!
ExcluirDois lindos e expressivos momentos poéticos, que retratam dois cartões postais da deslumbrante cidade de Maceió...o amigo poeta José Waldeck, com maestria vai tecendo seus versos com conhecimento prévio da temática. As ilustrações caíram como uma luva e, embelezam ainda mais os poemas. Parabéns aos mestres Alagoanos! Abraços a todos. Tudo muito lindo!
ResponderExcluirComo sempre, caro Maciel, o que faz a diferença é mesmo o toque artístico final pra lá de primoroso do artista/poeta Jorge Leite. Como já foi dito anteriormente: "Salve Jorge (Leite)!" Um abraço, prezado amigo Maciel!
ExcluirGostei muito dos dois poemas do amigo poeta José Waldeck, uma linda viagem por dois pontos turísticos de Maceió. Somente assim vamos conhecendo esta bela cidade. As imagens ilustrativas complementam o tema abordado e embelezam a página. Parabéns e abraços
ResponderExcluirAbraços, Karen! E muito obrigado, querida!
ExcluirGostei demais dos lindos poemas, tecidos pelo poeta e amigo José Waldeck. Sempre preciso em seus belos versos que retratam Maceió, terra dos monstros da poesia. Ótimas imagens ilustrativas. Parabéns pela excelente partilha, abraços!
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