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Corrigindo: "LENDA URBANA A LOIRO DO CEMITÉRIO" - Corrigido após observação de um aluno de Elisabete Leite. |
LENDAS URBANAS: HISTÓRIA QUE
MAMÃE CONTAVA
(A
LOIRA DO CEMITÉRIO)
Era uma noite congelante de inverno,
raios riscavam o céu e iluminavam os caminhos, já que a lua e as estrelas não
apareceram, pois, o clima era de muita chuva e o tempo pardacento deixava o
cenário sombrio...
Miguel, precisava ir à escola de
qualquer jeito, ele teria prova de Estatística naquela noite e, seu professor
não perdoava quem não aparecesse na primeira chamada. Era um garoto muito
tranquilo, morava bem próximo à Instituição de Ensino e obrigatoriamente tinha
que passar pelo único cemitério do bairro, porém Miguel já estava acostumado
com àquela rotina. Mas, naquela noite obscura tudo parecia diferente, ele
pressentiu um ambiente pesado, um presságio que tomou conta dele, como se
alguma coisa fosse acontecer, ele só não sabia o que era. Como já estava muito
atrasado, terminou se esquecendo do casaco para se proteger do frio, abriu o
guarda-chuva e saiu quase correndo pela calçada, ele estava com medo de cair,
pois a neblina era tanta que dificultava sua locomoção, não conseguia enxergar
nada à frente. De repente, um frêmito percorreu todo seu corpo e uma jovem
loira, que por sinal, muito bonita, com os longos cabelos esvoaçando ao vento,
passou por ele e chamou sua atenção, pois como estava chovendo muito, Miguel
percebeu que a belíssima garota não estava usando sombrinha e nem agasalho,
porém o mais assustador de tudo, era que ela não estava molhada. Ele olhou para
trás e não havia nem uma viva alma, seguiu seu caminho, já próximo ao cemitério
seus batimentos cardíacos ficaram acelerados e ele começou a sentir muito medo,
observou que junto ao portão de ferro, bem na entrada do cemitério, lá estava a
jovem loira que segundos antes havia passado por ele, o cenário era assustador;
impulsivamente ele abaixou a cabeça e acelerou os passas, não teve nem coragem
de olhar para trás. Miguel, chegou à escola muito ofegante e foi direto para
sala de aula fazer a prova, ao término da mesma era hora de voltar para casa.
Ele tremia de tanto frio, por sorte encontrou Gustavo, seu vizinho e, foi logo
puxando conversa:
- Gustavo, você fez prova boa? Eu
acho que não fiz, cara, não consegui me concentrar, estava muito nervoso.
- Pois é Miguel! Eu também acho que
não fiz prova boa, pois estudei muito pouco, pensei até que não haveria teste,
devido ao clima tempestuoso. Disse-lhe sorrindo e continua falando:
- Miguel, você vai sábado, ao Baile
de Inverno? Eu provavelmente irei.
- Eu acho que irei! Quero me divertir
um pouco. Responde-lhe Miguel.
Os dois voltaram para casa pelo mesmo
caminho, porém tudo transcorreu naturalmente, pois a chuva havia diminuído de
intensidade e nada de anormal acontecera no percurso. Miguel chegou exausto,
pela tensão emocional que passou, não deixava de pensar naquela loira bonitona,
se deitou na cama e adormeceu...
Era sábado, o Baile de Inverno na
escola. Miguel já havia se esquecido daquela noite sinistra, o que ele mais
queria era se divertir com as garotas no baile. O salão estava lotado de
estudantes, ele foi procurar Gustavo, porém não conseguiu encontrá-lo.
Repentinamente, um loira belíssima se aproxima dele, na mesma hora ele a
reconhece, era a loira bonitona do cemitério, que foi logo falando:
- Olá, eu posso me sentar com você?
Muito prazer, eu sou Estela!
- Claro que sim, eu sou Miguel! O
prazer é todo meu.
Eles se divertiram e dançaram a noite
quase toda. Miguel estava tão envolvido por Estela que nem tocou no assunto daquela
noite chuvosa. A loira cheirava a jasmim, um perfume forte que inebriava seus
sentidos. De repente, eles se beijaram e, logo depois a moça falou que
precisava ir embora, pois já era meia-noite, Miguel se ofereceu para
acompanhá-la e ela agradeceu. Os dois foram caminhando pelo mesmo trajeto que
Miguel costuma fazer quando voltava para casa. Bem próximo ao cemitério a jovem
loira parou e, as luzes se apagaram, em poucos segundos se acenderam e ele
ficou muito assustado, suas pernas começaram a tremer, olha para um lado e para
o outro, mas
Estela havia desaparecido, como se fosse uma mágica. Miguel ficou
paralisado sem saber o que fazer, olhou para a lua, a única companhia dele
naquele momento, porém ela desviou o olhar e se escondeu, ele passou pelo cemitério
e nem olhou para dentro, o medo era tanto que correu em disparada e foi para
casa pensativo: “Meu Deus, quem será àquela loira que apareceu e desapareceu do
nada?! Vou para casa dormir que é muito melhor.”
Já era quase manhã, quando Miguel
desperta sufocado pelo aroma forte de jasmim em seu quarto, pula bem rápido da
cama e vai caminhar um pouco, desparecer dos pensamentos tenebrosos da noite
anterior, vai aproveitar para contemplar o sol se despedindo da lua, com um
logo beijo e resplandecendo em seguida. Ele fica tentando se lembrar do rosto
da jovem loira, mas não consegue e fica pensando consigo mesmo: “Será que foi
sonho ou assombração?!”
Os tempos voaram... Miguel viajou
para fazer intercâmbio no Canadá, foi em busca de um futuro promissor, ele já
se esqueceu daquela noite de inverno, da jovem loira que sumiu do nada em
frente ao cemitério, mas o aroma forte de jasmim jamais será esquecido.
São tantas histórias assim...
Elisabete
Leite- 22/08/2018
(Inspirada
na Contação de História que mamãe narrava: “A Loira do Cemitério”)
WIKIPÉDIA:
LENDAS URBANAS,
mitos urbanos ou lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter
fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mail ou
pela imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno.
DIA DO FOLCLORE
CRIAÇÃO DA DATA
O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou
em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore
brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de
valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro.
Desta forma, a cultura popular ganhou
mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser
preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem
da cultura folclórica nacional de geração para geração.
COMEMORAÇÃO
O Dia 22 de agosto é marcado por
várias comemorações em todo território nacional. Nas escolas e centros
culturais são realizadas atividades diversas cujo objetivo principal é passar a
diante a riqueza cultural de nosso folclore. Os jovens fazem pesquisas,
trabalhos e apresentações, destacando os contos folclóricos e seus principais
personagens. É o momento de contarmos e ouvirmos as histórias do Saci-Pererê,
Mula-sem-cabeça, Curupira, Boto, Boitatá, etc.
Nesta data, também são valorizadas e
praticadas as danças, brincadeiras e festas folclóricas. Segue alguns
personagens e lenda do folclore brasileiro:
Saci-pererê
Nome
de origem tupi-guarani, o Saci-pererê é uma das
lendas brasileiras mais conhecidas.
É
representada por um menino negro que possui uma perna só. Além disso, fuma
cachimbo e usa uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos.
Muito
brincalhão e travesso, o Saci surge como um redemoinho e gosta de assustar
pessoas. Embora o Saci-pererê seja o mais conhecido, existem três tipos de
saci: O Pererê, o Trique e o Saçurá.
Curupira
Personagem
travesso do folclore brasileiro, o Curupira é a
representação de um menino com cabelos vermelhos e pés virados para trás. A
origem do nome é tupi-guarani e significa "corpo de menino".
Protetor
da fauna e da flora, o Curupira assobia e deixa pegadas com seus pés virados. O
objetivo é enganar os exploradores e destruidores da natureza.
Mula sem Cabeça
A mula-sem-cabeça é um monstro do folclore brasileiro que se manifesta
quando uma mulher namora um padre. Por maldição ela é transformada em mula.
Esta
personagem folclórica é representada, literalmente, por uma mula sem cabeça,
que solta fogo pelo pescoço e assusta pessoas e animais. No entanto, há versões
que variam de região para região do Brasil.
Boitatá
O Boitatá é uma lenda folclórica conhecida em outras
regiões do Brasil pelos nomes Baitatá, Biatatá, Bitatá e Batatão.
Na
língua indígena Tupi-Guarani significa "cobra de fogo". Esse
personagem folclórico é representado por uma grande serpente de fogo que
protege os animais e as matas.
Originalmente
foi encontrado num texto do século XVI do Jesuíta José de Anchieta. Sua
narrativa sofreu muitas modificações ao longo do tempo, de modo que existem
diversas versões conforme a região do país.
Boto
A lenda do Boto é originária da região amazônica sendo
também conhecida pela denominação "boto cor-de-rosa" ou
"Uauiará".
Reza
a lenda que nas noites de Festas Juninas, o
boto, animal dos rios da Amazônia, sai dos rios e transforma-se num homem muito
atraente.
Seu
objetivo é atrair e seduzir as mulheres para levá-las ao fundo dos rios e
acasalar. Por este motivo, a cultura amazônica costuma afirmar que o boto é o
pai de todos os filhos de origem desconhecida.
Lobisomem
A lenda do Lobisomem tem origem europeia. Ela retrata
um monstro violento com formas humanas e de lobo, que se alimenta de sangue.
Acredita-se
que quando uma mulher tem sete filhas e o oitavo filho é homem, esse último
provavelmente será um Lobisomem.
Em
algumas versões, a lenda apresenta outras características, como a manifestação
do Lobisomem em crianças não batizadas.
A
transformação do homem em Lobisomem ocorre nas encruzilhadas em noites de lua
cheia por volta da meia-noite. Ao amanhecer, ele torna-se novamente humano.
Sites:
*https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/dia_folclore.htm
*https://www.todamateria.com.br/lendas-do-folclore/
https://www.google.com.br
Desafio: Jogo dos Sete Erros
Uma sensacional página, bem educativa e informativa! Um Conto maravilhoso e emocionante, inspirado na Lenda Urbana "A Loira do Cemitério", uma narrativa que foi passada de geração para geração, pois a maior prova disso é o depoimento da autora, minha amiga contista Elisabete Leite, que escreveu seu Conto inspirada na história que sua mãe, Dona Lourinete, contava. A pesquisa sobre O Dia do Folclore está excelente, pois mostra alguns dos personagens e lendas do Folclore Brasileiro. As imagens estão expressivas e completam o tema abordado. Fiz o desafio e encontrei os 7 erros. Tudo show por aqui! Estamos visualizando o blog na escola e as crianças estão amando. Parabéns e aplausos aos amigos pelo sucesso do blog. Bom dia e abraços a todos!
ResponderExcluirSou professora aqui do Munícipio de Jaboatão dos Guararapes-PE e amei o Blog, muitas informações e um excelente Conto e pesquisa. Fui orientada pelos amigos a acessá-lo como fonte de pesquisa. Pois estou achando bem educativo! As imagens estão ótimas! Os organizadores do blog estão de parabéns. Os alunos estão amando tudo! Fizemos, juntos, o desafio do Jogo de Sete Erros e eles (os estudantes) conseguiram encontrar todos. Voltarei sempre! Carmem Lúcia
ResponderExcluirEmocionada, encantada, lisonjeada e agradecida por mais um trabalho realizado neste Cantinho do Saber. Hoje, abrimos um espaço para homenagear o Dia do Folclore... O que é Folclore? Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país. As ilustrações estão formidáveis, tanto quanto o desafio do jogo dos 7 erros, também fiz e encontrei todos. Obrigada a vocês e um excelente dia! Tudo muito lindo! Abraços
ResponderExcluirUma postagem "da hora"! Pra lá de pertinente. O conto de Elisabete Leite e os textos do Jorge Leite, repletos de informações revelam a nossa diversificada riqueza cultural. Uma bela dobradinha desses queridos e competentes irmãos. São coisas assim que nos deixam ainda mais orgulhosos de sermos brasileiros, nordestinos. Parabéns, irmãos Leite! MAÇAYÓ: um blog para todas as horas.
ResponderExcluirUma página belíssima bem educativa e informativa, pois falar do folclore e falar da cultura do povo brasileiro, das tradições, dos mitos, das lendas, da riqueza cultural do nosso País. Sāo momentos assim que nos deixam orgulhosos, concordo com o poeta José Waldeck. O Conto é maravilhoso, emoção, suspense e mistério, como também as pesquisas e imagens. Tudo perfeito por aqui. Que família de irmãos Leite competentes. Uma verdadeira aula de folclore. O nosso Brasil tem tudo isso e muito mais. Parabéns aos amigos portas. Abraços e boa tarde!
ResponderExcluirCorrigindo: amigos poetas...
ExcluirEita, que história surpreendente, de mistério e assombração! Eu sou que não queria ser beijado por uma morta. Lendas do folclore brasileiro, uma verdadeira aula de cultura, com uma viagem pelas lendas e mitos que são tradições passadas de geração em geração, eu já conhecia a lenda urbana "A Loira do Cemitério", mas amigos, honestamente, achei mais empolgante o conto da amiga Elisabete Leite. Eu recomendo esta fonte de pesquisa, o blog está bem educativo. Parabéns pelo conteúdo abordado. As imagens estão significativas e bastante pertinentes a temática abordada. Tudo show da narração ao cenário. Parabéns aos poetas e ao blog sucesso sempre! Abraços...
ResponderExcluirBelíssima página como sempre. Eu me lembrei de meu pai que me contava muitas histórias assim, que ele já tinha escutado dos seus pais, meus avós. Eu me lembro que ia dormir com medo. Rsrsrs. Parabéns a todos. Estou atrasada na minha visita ao blog devido a muito trabalho. Obrigada por mais esta maravilha. Bjos pra todos.
ResponderExcluirVenho prestigiar o blog e matar a saudade da nossa cultura, das nossas tradições, das nossas comemorações nas escolas, das figuras lendárias do nosso folclore. Prestigiar minha amiga e seu belíssimo Conto, que por sinal é bem assustador, recordar as lendas urbanas, que nossos pais e avós contavam. Uma excelente pesquisa e deslumbrandes imagens ilustrativas. Ficou uma página linda, educativa e bastante informativa. Somente me resta aplaudir e parabenizar aos irmãos Leite. Também fiz o jogo dos 7 erros e achei todos. Um show! Abraços de boa noite! Saudades de todos vocês...
ResponderExcluirEu fico impressionado com o universo criativo, imaginário e fantástico da nossa querida amiga poetisa e contista Elisabete Leite... Neste Conto ela consegue recriar uma lenda que veio sendo narrada de geração em geração de madeira magistral, em um estilo inovador e moderno, reviveu alguns personagens com roupagem atualíssima isso é o diferencial. O blog fez uma homenagem colossal, educativa com imagens pertinentes, em um conteúdo lúdico. Os amigos poetas estão de parabéns. A organização e ilustração estão notáveis. O blog como sempre é um sucesso. Abraços e boa noite a todos!
ResponderExcluirUma maravilha de página bem ao gosto da amiga Elisabete Leite, educativa e informativa. Ela hoje nos deleita com um belíssimo e misterioso Conto, que foi inspirado na lenda urbana, bastante popular, "A Loira do Cemitério", mistério, suspense, emoção e muita poesia na narrativa, bem inovador, que é a sua principal característica. A pesquisa sobre o conteúdo está um dez e as ilustrações foram precisas, o poeta amigo Jorge Leite entende do assunto. Parabéns pela admirável página! Bom dia e abraços a todos!
ResponderExcluirComo sempre tudo lindo e expressivo nesta página do blog! Um conto envolvente da minha querida amiga Bete, amei todo enredo e fiquei assustada. A pesquisa servirá de fonte de referência sobre o tema Folclore. As ilustrações estão impecáveis, uma riqueza de página! Como diz os alunos da escola "A cara da riqueza!". Tudo perfeito! Parabéns a todos e hoje as comemorações continuam nas escolas. Viva o Folclore Brasileiro! Viva!!! Abraços...
ResponderExcluirSou Maria Luanna, professora de artes, gostei bastante do Conto, interessante e envolvente. Aproveitei e fiz pesquisa com os meus alunos do 6°ano. Excelente fonte de referência. Obrigada aos colegas da escola que me indicaram. Parabéns!
ResponderExcluirGostaria de agradecer a todos pelas ilustres visitas, gentis comentário e todo carinho de vocês. Vossos comentários são centelhas que iluminam minha inspiração. Aos professores, estudantes e leitores meus sinceros agradecimentos, que vocês sintam-se em casa. Abraços no coração de cada um e um excelente final de semana. Um agradecimento especial ao poeta Jorge Leite que enche de cor e vida as páginas deste Cantinho do saber. Bom dia!
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