Tema das Imagens -Primeiro Amor e Ser Criança
MEU PRIMEIRO AMOR
Quando era criança fui completamente
apaixonada pelo meu melhor amigo da comunidade, fazia de tudo para ficar junto
dele, sonhava o tempo todo com um futuro ao seu lado, queria crescer para poder
realizar um sonho de criança... Mas, nem
sempre o querer é poder!
Hoje, amanheci nostálgica, e muitas recordações
me fizeram voltar ao passado... Exatamente naquele período apaixonante da minha
vida, de quando ainda era uma menininha sonhadora. Projetei o meu olhar em um
ponto qualquer da imensidão do espaço e retrocedi um pouco, peguei uma carona
com o vento e embarquei nessa incrível viagem ao meu passado. Eternizando
assim, passagens relevantes da minha vida, alguns acontecimentos que mudaram o
rumo da história do meu primeiro amor de infância...
Era verão, o sol sempre amanhecia
sorrindo, lá na Rua Santa Fé 259 em Maceió, no estado de Alagoas, minha cidade
natal. Eu costumava me acordar bem cedo só para escrever em meu diário, gostava
de registrar todos os bons momentos que vivenciava em companhia dos meus amigos
do bairro. Era uma menininha que vivia sonhando, suspirando de felicidade pelos
quatro cantos da casa. Eu me escondia no banheiro, pois que era impossível
escrever em meu quarto, porque eu dividia o mesmo quadrado com as minhas três
irmãs mais velhas. Virei às páginas com rapidez, até chegar a que estava em
branco, Coloquei a data, desenhei um pequeno coração e ao lado dele escrevi: “Querido diário, hoje é domingo! Um dos meus dias favoritos
da semana. Preciso escrever depressa porque vou fazer minhas atividades diárias,
e já estou atrasada. Sabe, ontem não falei com Afrânio, e por isso estou muito triste”. Logo
depois, peguei escondido o batom da minha irmã Socorro e finalizei minha
escrita com um beijo. Fechei meu diário, escondi-o dentro do travesseiro e fui
até o portão. Minha casa tinha um lindo jardim, pois minha mamãe amava flores,
principalmente as rosas vermelhas. Por coincidência, Afrânio morava em frente
de casa, e quase sempre eu tinha a chance de vê-lo. Mas, eu achava que meu amor
não era correspondido, até aquele dia. Abri devagar o portão, foi quando dei de
cara com Afrânio, minhas pernas começaram a tremer, o coração acelerou mais do
que o normal; fiquei ali parada olhando para aquele menino bonito; ele era bem alto,
cabelos pretos e com um sorriso encantador. Ele quando me viu, atravessou a rua
e veio ao meu encontro, encostou-se a parede e falou:
- Olá Betinha, menina feia, hoje
teremos campeonato de queimado, eu quero você na minha equipe.
Abri um grande sorriso e baixei a
cabeça, algumas mechas de cabelo caíram pelo meu rosto e cobriram os meus
olhos, ele as afastou bem devagar, para poder me olhar melhor. Continuei
tremendo de emoção, mas éramos apenas crianças, e eu não sabia o que fazer
naquele momento. Olhei para ele, tentando disfarçar minha tremedeira e falei:
- Oi Afrânio, que bom, ficarei na sua
equipe! Já estava esquecida que hoje tem jogo de queimado.
Afrânio me olhou dos pés a cabeça e
disse:
- Betinha, você está com frio? Você
está tremendo tanto. Ah, já sei! Está emocionada pela minha presença. Menina
feia, se eu já fosse um rapaz namoraria você, pois eu sei que você gosta de
mim.
O chão se abriu e eu quase caí.
Comecei a suar frio, uma lágrima rolou pelo meu rosto e eu não sabia o porquê
daquela sensação de insegurança, de emoção; talvez fosse de contentamento...
Logo, ele se afastou de mim e não disse mais nada. Naquele dia não houve jogo
de queimado, porque uma triste notícia acabou me acordando daquele sonho. O
irmão mais velho dele, um estudante de medicina, morreu em um trágico
acidente...
Várias semanas se passaram, e eu não
conversei mais com Afrânio... Um dia, voltei a vê-lo; ele ainda tinha o
semblante triste, mas mesmo assim, foi legal poder conversar com ele.
- Boa tarde, Betinha! Desculpe não
falar mais com você, mas você deve imaginar o que tenho passado. Como foi na
escola?
- Oi Afrânio, eu sei o que você está
passando! Sabe, é diferente estudar em uma escola de padre, lá não podemos
fazer quase nada, brincadeiras como: esconde-esconde, pega-pega, passa anel,
academia, queimado, entre outras. São todas proibidas. Mas, como não passei no
exame de admissão, tenho que continuar estudando por lá. Falei para ele.
Afrânio continuou conversando comigo, porém nem se lembrou da nossa conversa antes do terrível acontecimento. Ficou falando da tal de Cristina, uma menina da escola dele. Eu nem conseguia ouvir o que ele estava dizendo, meus pensamentos viajavam, como se fosse voltar à estaca zero. Passei a evitá-lo, pois ficava brincando com minhas primas no quintal de casa...
Certo dia, eu fui andar de bicicleta
pelos arredores do meu bairro, e por acaso encontrei Afrânio. Ele parou a
bicicleta dele em cima da minha e no impacto eu fui ao chão. Eu caí feio,
machuquei meu joelho e sangrou bastante. Ele ficou muito preocupado e correu
para chamar meu pai, que me socorreu em seguida. Todo dia ele ia me visitar,
mas acho que era apenas um pretexto para me encontrar, pois que o machucado do
joelho já havia sarado...
Eu nem tinha percebido, mas o tempo
havia passado e eu já estava quase uma moça; guardava aquele amor comigo, sem
ninguém saber, e meu diário era meu único confidente... Certa manhã, Afrânio me
convidou par ir ao cinema com ele e aceitei seu convite. Corri para o banheiro
com meu diário aberto para registrar aquele momento de alegria: “Querido diário, você nem vai acreditar no que
aconteceu, pois Afrânio me convidou para ir com ele ao cinema, e estou morrendo de expectativa, depois volto
para te contar tudo.” Nesse clima de euforia, fui me arrumar para o
grande encontro, era mais um sonho acordada... À tardinha cheguei apressada ao
cinema, e dei de cara com Cristina e Afrânio de mãos dadas, não sabia se
corresse ou se ficasse, tomei fôlego dei meia volta e fui para casa... O
destino mudou o rumo dos acontecimentos, minha família resolveu morar em Recife
e meu sonho ficou em Maceió.
O tempo passou depressa... Hoje, eu
vivo para escrever e escrevo para não morrer. Sou feliz em companhia das minhas
filhas Isabelly e Milena, que tanto amo, como também, toda minha família, os
meus irmãos, minhas irmãs, sobrinhos, sobrinhas... Cada amigo representa um
pedacinho de mim. Os meus alunos e alunas são pontinhos de Luz.
Espero que vocês tenham gostado do meu primeiro amor, de quando criança...
Era uma menininha que escrevia em um diário: “Querido diário, há tanto tempo que não escrevo, que até as suas páginas
já estão amareladas, pois passei a digitar os meus textos, hoje são Contos
eternizados, no entanto tu foste um amigo confidente, o primeiro amor da minha
vida”.
Até a próxima aventura, meus
amiguinhos!
Elisabete Leite – 25\08\2019
CANTINHO DA TIA BETA
Olá pessoal! Hoje irei falar um pouco
sobre os benefícios de ler poema infantil. Quando falamos de literatura infantil, quase sempre estamos nos
referindo às narrativas. Estamos sempre em busca de bonitos contos infantis
para contar a nossos filhos. Deixamos completamente de lado a poesia. Esse
gênero nos parece, muitas vezes, difícil e inalcançável. Como explicar a nossos
filhos um poema, se muitas vezes nem eu mesmo entendo o que está escrito? É
certo que a poesia pode necessitar, não raras vezes, uma leitura mais crítica:
No entanto, há muitos poetas que se dedicaram à escrita do poema infantil
para dar a oportunidade às crianças de conhecer esse universo mágico das
palavras escritas em versos.
Benefícios
de ler poema infantil
Tal como
a leitura de qualquer gênero literário, o poema infantil traz uma série de
benefícios para nossos filhos. Dentre eles destacamos:
1. Estimula a imaginação. Através da musicalidade e ritmo da poesia podemos
estimular a imaginação, o gosto e o hábito pela leitura.
2. Desenvolvimento da linguagem. Os poemas trazem uma variedade de palavras que
podem ajudá-los a compreender melhor seu entorno
3. Exercitam a memória. Um pequeno poema infantil pode ser memorizado
pelas crianças. Além disso podem ser também dramatizados.
4. Melhoram a compreensão oral. A leitura do poema infantil contribui para a
melhoria da expressão oral.
5. Trabalham a criatividade. Ajuda a aprofundar no reconhecimento e
identificação das emoções.
6. Ativam a criatividade. A leitura de todo e qualquer gênero literário
auxilia no desenvolvimento da criatividade.
7. Transmitem valores. O poema infantil intervém no aprendizado social,
se transmite valores como solidariedade e tolerância. Também podem ajudar a
aprender as distintas emoções.
8. Podem ser ferramentas para
trabalhar a coordenação psicomotora da criança. Há muitas poesias que favorecem o trabalho da
expressão corporal. Há poemas que podem ser lidos com o movimento corporal. Há
um sem-fim de poemas infantis. Há muitos pais que gostariam de ler poemas para
seus filhos, mas não sabem por onde começar. Como distinguir um bom poema
que fomente o gosto pela leitura de nossas crianças… um poema que seja
divertido e, ao mesmo tempo, bonito?
Acreditamos que podemos aproximar
nossos filhos desse gênero literário se começamos com aqueles que trazem uma
bonita musicalidade, com rimas curtas, linguagem simples e atrativo.
Nossas Pesquisas:
QUANDO ERA CRIANÇA
Histórias de uma bela infância vivida...
Das brincadeiras, preferidas, na escola
As cantigas de roda, lindas e divertidas
Dos banhos de chuva, molhando a sacola
Memórias coloridas, do lado doce da vida.
Saudades do tempo que tudo era fantasia
Onde se brincava, em um mundo cor-de-rosa
A vida era simplesmente uma eterna magia
De amizade sincera, franca e muito calorosa
Contentes, com amigos, pulava Corda e Academia.
Saudades das brincadeiras com muita emoção
Boca de forno, escravos de Jó, anel e queimado,
Era somente um mundo de alegria, pura diversão
Uma vida de amores com um sabor adocicado
Das grandes lembranças eternizadas no coração.
Saudades de quando, dançava e cantava contente
Girando e rodopiando muito feliz no calçadão
As coleguinhas estavam sempre presentes
que sabíamos de cor uma maravilhosa canção
A felicidade brotava rápido, na vida da gente.
Hoje são histórias literalmente marcantes
Recordações de momentos sobre medida
Fatos narrados sempre de maneira constante
Assuntos vividos em uma infância de vida
São lembranças significativas a todo instante.
Elisabete Leite
Das brincadeiras, preferidas, na escola
As cantigas de roda, lindas e divertidas
Dos banhos de chuva, molhando a sacola
Memórias coloridas, do lado doce da vida.
Saudades do tempo que tudo era fantasia
Onde se brincava, em um mundo cor-de-rosa
A vida era simplesmente uma eterna magia
De amizade sincera, franca e muito calorosa
Contentes, com amigos, pulava Corda e Academia.
Saudades das brincadeiras com muita emoção
Boca de forno, escravos de Jó, anel e queimado,
Era somente um mundo de alegria, pura diversão
Uma vida de amores com um sabor adocicado
Das grandes lembranças eternizadas no coração.
Saudades de quando, dançava e cantava contente
Girando e rodopiando muito feliz no calçadão
As coleguinhas estavam sempre presentes
que sabíamos de cor uma maravilhosa canção
A felicidade brotava rápido, na vida da gente.
Hoje são histórias literalmente marcantes
Recordações de momentos sobre medida
Fatos narrados sempre de maneira constante
Assuntos vividos em uma infância de vida
São lembranças significativas a todo instante.
Elisabete Leite
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