Blog Maçayó
Edição nº 491
LEITURA DE DOMINGO
OS SINOS DOBRAM
Era um domingo de maio, em São João Del Rei, cidade setecentista de Minas Gerais... Aproximadamente às 17 horas, quando o crepúsculo mesclava o horizonte de vermelho alaranjado, os sinos dobravam chamando os devotos, para uma procissão de Fé, partindo da Catedral Basílica, percorrendo as ruas, principais, da cidade. Lá é tradição os dobrados dos sinos, que parecem falar, avisando aos moradores sobre acontecimentos diversos... João Pedro, um garoto de onze anos de idade, era uma figura importantíssima na conservação e brilho dos sinos desta igreja.
Todas as manhãs... O menino acordava muito cedo, quando a Lua ainda nem havia se escondido, para acompanhar seu pai, homem hábil e determinado, no ofício de polir, profissão de polidor de sino, herdada do avô, já falecido. A família tinha um jeito especial de polir, usando água e sabão neutro, que são imbatíveis, antes da aplicação da massa de polimento, já que os sinos eram de bronze, a massa consistia em um preparado à base de ácidos e solventes... Pedrinho dos Sinos, como era conhecido nas redondezas, sabia que, utilizando esse processo, podia recuperar o brilho perdido, até dos sinos desgastados pelo tempo, tornando-os novamente reluzentes... E assim era a sua rotina, aprendendo e auxiliando o pai.
Naquele domingo, o garoto acordou à hora de costume, mas não encontrou seu pai em casa. Dirigiu-se até a cozinha à procura da mãe, Dona Maria, uma senhora muito simples, que estava preparando a massa de pão:
Pedrinho, apreensivo, foi logo dizendo:
- Mãe, onde está o papai? Já procurei em todos os lugares.
- Seu pai precisou viajar, meu filho.
O garoto continuou falando:
- Mas, mamãe, quem vai polir os sinos da Catedral, pois hoje será a procissão de Fé, o Sr. João dará conta dos dobrados, mas o polimento, quem irá realizar?
- Você, meu filho! Disse-lhe a mãe, calmamente.
Pedrinho, tomando essa fala mais como uma ordem do que um conselho, pois que era bem educado, obedecendo seus pais em tudo, se prontificou a sair para a empreitada, uma vez que a família era pobre e a principal fonte de sustento vinha dos velhos sinos, da histórica cidade... Entretanto, perdeu algumas horas procurando o material necessário para o trabalho, mas não encontrando o suficiente. Depois de fatigado pela busca, sua mãe lhe disse:
- Seu pai teve que levar todo o material para polir os sinos da igreja de São José, na capital, pois ali vai acontecer um casamento de gente importante...
- E o que farei, então, mamãe?
- Vá com Deus, na Fé que temos Nele... Ele há de prover...
Pedrinho ficou desolado... “Que farei sem a massa de polimento, os panos e as estopas apropriados?” Perguntava para si mesmo... Saiu em disparada pela ladeira abaixo, pois que já perdera mais tempo do que o necessário... Queria que seu pai estivesse ao seu lado, naquele momento... estava bastante preocupado, pois não sabia se podia dar conta do ofício sozinho. Era muita responsabilidade para uma criança da idade dele... Pensou baixinho: “Será que vou conseguir? Meu Deus, me ajude!”. Ele continuou correndo até a Catedral, também conhecida como Matriz de Nossa Senhora do Pilar, que contém rica decoração em talha dourada, possuindo também duas torres com arcos para os sinos... Chegando em frente à Matriz, viu o Sr. João entrando, apressado. O homem, quando viu Pedrinho, esperou-o, e foi logo dizendo:
- Menino, você está atrasado para seu ofício de polir os sinos, preciso deles polidos para efetuar os dobrados. É hora de informar novamente à população da procissão de hoje.
Pedrinho não disse nada, cabisbaixo, pôs-se a chorar... Ele precisava de forças, de confiança em si mesmo, não podia decepcionar seu pai... Foi até o lavabo, pegou a vasilha com água e o sabão neutro e dirigiu-se às torres dos sinos. Assim foi realizando a preparação, com eficiência, deixando-os prontos para o polimento final, o que começou a operar usando sua própria camisa e uma pasta improvisada com o próprio sabão; suas mãozinhas suavam, tanto pelo nervosismo, quanto pelo esforço empreendido e, junto com lágrimas que escorriam de seus olhinhos, se misturavam à pasta improvisada, substituindo o solvente; o que fez com que o brilho se tornasse ainda mais forte. Quando terminou, custava-lhe acreditar no que estava vendo: O brilho era tão intenso que ofuscava sua visão, e os sinos cintilavam, no arco, à hora dos dobrados.
Logo entardeceu, exatamente às 17 horas, os sinos dobravam anunciando que chegara a hora da procissão sair. O garoto estava orgulhoso, pois tudo havia acontecido de maneira satisfatória. Ele, de longe, contemplava-os em seus deslumbres, e eles pareciam até sorrir, agradecidos, pelo trabalho realizado pelo menino.
Até hoje, os Sinos dobram na Matriz de Nossa Senhora do Pilar, com um brilho intenso, nunca visto antes, em nenhum outro lugar.
Elisabete Leite
Pesquisa:
Quantos toques tem os sinos de São João Del Rei?
"Símbolos religiosos usados para transmitir mensagens aos moradores da cidade, eles são soados três vezes ao dia, às 12h, às 15h e às 18h. A ação é realizada em 42 paróquias. "São João del-Rei é conhecida como a cidade onde os sinos falam, a população conhece a linguagem deles."
24 de mar. de 2020
Era um domingo de maio, em São João Del Rei, cidade setecentista de Minas Gerais... Aproximadamente às 17 horas, quando o crepúsculo mesclava o horizonte de vermelho alaranjado, os sinos dobravam chamando os devotos, para uma procissão de Fé, partindo da Catedral Basílica, percorrendo as ruas, principais, da cidade. Lá é tradição os dobrados dos sinos, que parecem falar, avisando aos moradores sobre acontecimentos diversos... João Pedro, um garoto de onze anos de idade, era uma figura importantíssima na conservação e brilho dos sinos desta igreja.
Todas as manhãs... O menino acordava muito cedo, quando a Lua ainda nem havia se escondido, para acompanhar seu pai, homem hábil e determinado, no ofício de polir, profissão de polidor de sino, herdada do avô, já falecido. A família tinha um jeito especial de polir, usando água e sabão neutro, que são imbatíveis, antes da aplicação da massa de polimento, já que os sinos eram de bronze, a massa consistia em um preparado à base de ácidos e solventes... Pedrinho dos Sinos, como era conhecido nas redondezas, sabia que, utilizando esse processo, podia recuperar o brilho perdido, até dos sinos desgastados pelo tempo, tornando-os novamente reluzentes... E assim era a sua rotina, aprendendo e auxiliando o pai.
Naquele domingo, o garoto acordou à hora de costume, mas não encontrou seu pai em casa. Dirigiu-se até a cozinha à procura da mãe, Dona Maria, uma senhora muito simples, que estava preparando a massa de pão:
Pedrinho, apreensivo, foi logo dizendo:
- Mãe, onde está o papai? Já procurei em todos os lugares.
- Seu pai precisou viajar, meu filho.
O garoto continuou falando:
- Mas, mamãe, quem vai polir os sinos da Catedral, pois hoje será a procissão de Fé, o Sr. João dará conta dos dobrados, mas o polimento, quem irá realizar?
- Você, meu filho! Disse-lhe a mãe, calmamente.
Pedrinho, tomando essa fala mais como uma ordem do que um conselho, pois que era bem educado, obedecendo seus pais em tudo, se prontificou a sair para a empreitada, uma vez que a família era pobre e a principal fonte de sustento vinha dos velhos sinos, da histórica cidade... Entretanto, perdeu algumas horas procurando o material necessário para o trabalho, mas não encontrando o suficiente. Depois de fatigado pela busca, sua mãe lhe disse:
- Seu pai teve que levar todo o material para polir os sinos da igreja de São José, na capital, pois ali vai acontecer um casamento de gente importante...
- E o que farei, então, mamãe?
- Vá com Deus, na Fé que temos Nele... Ele há de prover...
Pedrinho ficou desolado... “Que farei sem a massa de polimento, os panos e as estopas apropriados?” Perguntava para si mesmo... Saiu em disparada pela ladeira abaixo, pois que já perdera mais tempo do que o necessário... Queria que seu pai estivesse ao seu lado, naquele momento... estava bastante preocupado, pois não sabia se podia dar conta do ofício sozinho. Era muita responsabilidade para uma criança da idade dele... Pensou baixinho: “Será que vou conseguir? Meu Deus, me ajude!”. Ele continuou correndo até a Catedral, também conhecida como Matriz de Nossa Senhora do Pilar, que contém rica decoração em talha dourada, possuindo também duas torres com arcos para os sinos... Chegando em frente à Matriz, viu o Sr. João entrando, apressado. O homem, quando viu Pedrinho, esperou-o, e foi logo dizendo:
- Menino, você está atrasado para seu ofício de polir os sinos, preciso deles polidos para efetuar os dobrados. É hora de informar novamente à população da procissão de hoje.
Pedrinho não disse nada, cabisbaixo, pôs-se a chorar... Ele precisava de forças, de confiança em si mesmo, não podia decepcionar seu pai... Foi até o lavabo, pegou a vasilha com água e o sabão neutro e dirigiu-se às torres dos sinos. Assim foi realizando a preparação, com eficiência, deixando-os prontos para o polimento final, o que começou a operar usando sua própria camisa e uma pasta improvisada com o próprio sabão; suas mãozinhas suavam, tanto pelo nervosismo, quanto pelo esforço empreendido e, junto com lágrimas que escorriam de seus olhinhos, se misturavam à pasta improvisada, substituindo o solvente; o que fez com que o brilho se tornasse ainda mais forte. Quando terminou, custava-lhe acreditar no que estava vendo: O brilho era tão intenso que ofuscava sua visão, e os sinos cintilavam, no arco, à hora dos dobrados.
Logo entardeceu, exatamente às 17 horas, os sinos dobravam anunciando que chegara a hora da procissão sair. O garoto estava orgulhoso, pois tudo havia acontecido de maneira satisfatória. Ele, de longe, contemplava-os em seus deslumbres, e eles pareciam até sorrir, agradecidos, pelo trabalho realizado pelo menino.
Até hoje, os Sinos dobram na Matriz de Nossa Senhora do Pilar, com um brilho intenso, nunca visto antes, em nenhum outro lugar.
Elisabete Leite
Pesquisa:
Quantos toques tem os sinos de São João Del Rei?
"Símbolos religiosos usados para transmitir mensagens aos moradores da cidade, eles são soados três vezes ao dia, às 12h, às 15h e às 18h. A ação é realizada em 42 paróquias. "São João del-Rei é conhecida como a cidade onde os sinos falam, a população conhece a linguagem deles."
24 de mar. de 2020
VIAJANTE
Sol cintilante transbordava no céu
Resplandecia com seu dourado véu
Em divagações eu buscava teu olhar
Entre alvas nuvens viajava a meditar...
Pensamento, por dúvida, influenciado
Eu devaneava pelo tempo demorado
Que minha saudade insistia em contar
O doloroso rumo que teria que trilhar...
Ah, a dor que dominava meu semblante!
Insistia em acompanhar-me, pelos instantes
Torturando-me sempre, antes e durante...
Sim, ao redescobrir a minh'alma errante
Que ainda persistia em tornar-me amante
Fiz de mim viajante, novo Ser, pensante!
Elisabete Leite
Sol cintilante transbordava no céu
Resplandecia com seu dourado véu
Em divagações eu buscava teu olhar
Entre alvas nuvens viajava a meditar...
Pensamento, por dúvida, influenciado
Eu devaneava pelo tempo demorado
Que minha saudade insistia em contar
O doloroso rumo que teria que trilhar...
Ah, a dor que dominava meu semblante!
Insistia em acompanhar-me, pelos instantes
Torturando-me sempre, antes e durante...
Sim, ao redescobrir a minh'alma errante
Que ainda persistia em tornar-me amante
Fiz de mim viajante, novo Ser, pensante!
Elisabete Leite
EU PENSO
Viajo no pensamento
Penso e logo dispenso
Grito, e sem querer, reflito
Falo suave, ao relento!
Não vejo a luz colorida
Sinto a dor adormecida
Vivo, sem rumo, perdida...
Mão alheia incentiva
O paradoxo do amor
Cultiva o meu obscuro
Meu silêncio e minha dor!
Saio súbita e dilacerada
E tento fugir do clamor
Adentro nas entranhas
E registro o que passou.
Palavras, frases, e versos
São alimentos pro meu ser
Hoje só sinto o reverso
Do que vivo por você...
Mudança total, o tempo
Hoje chove, o frio bate
Eu na estrada...Penso
Agora...sem teu acalento!
Rita de Cássia Soares
Pirpirituba, 2021
Viajo no pensamento
Penso e logo dispenso
Grito, e sem querer, reflito
Falo suave, ao relento!
Não vejo a luz colorida
Sinto a dor adormecida
Vivo, sem rumo, perdida...
Mão alheia incentiva
O paradoxo do amor
Cultiva o meu obscuro
Meu silêncio e minha dor!
Saio súbita e dilacerada
E tento fugir do clamor
Adentro nas entranhas
E registro o que passou.
Palavras, frases, e versos
São alimentos pro meu ser
Hoje só sinto o reverso
Do que vivo por você...
Mudança total, o tempo
Hoje chove, o frio bate
Eu na estrada...Penso
Agora...sem teu acalento!
Rita de Cássia Soares
Pirpirituba, 2021
DOIS CORAÇÕES
Olhei atentamente para o céu
E vi dois corações lindos!
Bem desenhados, mas postiços.
Pensei no nosso amor
No nosso compromisso
Onde o tempo esquenta
E acelera as paixões!
Que vêm juntas às nossas emoções
Regar o coração sólido
E àqueles, no céu, postiços
Cheios de amor, prazer e viço...
Assim são alimentados
Os nossos corações!
Rita de Cássia Soares
Pirpirituba, 2021
Olhei atentamente para o céu
E vi dois corações lindos!
Bem desenhados, mas postiços.
Pensei no nosso amor
No nosso compromisso
Onde o tempo esquenta
E acelera as paixões!
Que vêm juntas às nossas emoções
Regar o coração sólido
E àqueles, no céu, postiços
Cheios de amor, prazer e viço...
Assim são alimentados
Os nossos corações!
Rita de Cássia Soares
Pirpirituba, 2021
FOI ASSIM
Já me curvei aos caprichos de alguém
Mendiguei amor e me negaram
E por quem me negou morri de amor!
Chorei de dor em ter que partir
Até não ter mais razão para sorrir
Inventei que amava pra me divertir
E quando me apontaram culpas, aceitei
Só para ter que me redimir.
Voltei de alma limpa e tola me tornei
Porque ao meu regresso, não percebi
Foi pra sofrer de novo que eu voltei!
Socorro Almeida
Recife, 05/07/2021
Já me curvei aos caprichos de alguém
Mendiguei amor e me negaram
E por quem me negou morri de amor!
Chorei de dor em ter que partir
Até não ter mais razão para sorrir
Inventei que amava pra me divertir
E quando me apontaram culpas, aceitei
Só para ter que me redimir.
Voltei de alma limpa e tola me tornei
Porque ao meu regresso, não percebi
Foi pra sofrer de novo que eu voltei!
Socorro Almeida
Recife, 05/07/2021
POR QUE CHORO?
Aonde vai dar o caminhar das gerações
Os voos angustiantes dos passarinhos
Que não sabem onde encontrar seus ninhos
Pelo canto que não ouço mais...
Como vou ouvi-los agora?
Quais árvores vão me dar frutos
Se elas choram sob fumaças
Pelas folhas queimadas que caem
Pelas sombras que não tenho mais...
Onde encontrá-las agora?
Pelo choro da criança que não nasceu
Pelos filhos que não abraçamos
Como vamos tê-los agora?...
Agora que eu sei porque choro
Até choraria bem mais
Se eu soubesse o que fazer
Com tanta maldade que faz
A gente padecer de tristeza
Ou gritar pro mundo doente
Que viver ou morrer...tanto faz!
Socorro Almeida
Recife, 07/10/2021
Aonde vai dar o caminhar das gerações
Os voos angustiantes dos passarinhos
Que não sabem onde encontrar seus ninhos
Pelo canto que não ouço mais...
Como vou ouvi-los agora?
Quais árvores vão me dar frutos
Se elas choram sob fumaças
Pelas folhas queimadas que caem
Pelas sombras que não tenho mais...
Onde encontrá-las agora?
Pelo choro da criança que não nasceu
Pelos filhos que não abraçamos
Como vamos tê-los agora?...
Agora que eu sei porque choro
Até choraria bem mais
Se eu soubesse o que fazer
Com tanta maldade que faz
A gente padecer de tristeza
Ou gritar pro mundo doente
Que viver ou morrer...tanto faz!
Socorro Almeida
Recife, 07/10/2021
MEU EU POETA
Sou um poeta louco
Que não se atenta em se apega
Às futilidades ou coisas banais
Gosto de levar alegria e diversão
Conduzindo a paz com sutileza
Trazendo comigo a tranquilidade
Das emoções perdidas
A felicidade naquilo esquecido
O amor em tudo que vê
Sendo apenas um louco poeta!
Sol&Lua
Pirpirituba, 2021
Sou um poeta louco
Que não se atenta em se apega
Às futilidades ou coisas banais
Gosto de levar alegria e diversão
Conduzindo a paz com sutileza
Trazendo comigo a tranquilidade
Das emoções perdidas
A felicidade naquilo esquecido
O amor em tudo que vê
Sendo apenas um louco poeta!
Sol&Lua
Pirpirituba, 2021
CAMINHADA
Tão longe e tão próximos
Sentimentos expostos
Terras longínquas
O que deveria afastá-los, os une
Amigos, amantes ou almas gêmeas?
Que ignoram tempo e distância
Uma dupla que trilha caminhos
Há milhares de anos.
Caminhos desconhecidos
A serem desbravados
Nesse ritmo estarão a desfrutar
Das maravilhas prometidas por Deus
Transbordando em seus corações
A mais infinita tranquilidade
E inquietação jamais sentida
Na interminável antítese das suas vidas!
Sol&Lua
Pirpirituba, 2021
Tão longe e tão próximos
Sentimentos expostos
Terras longínquas
O que deveria afastá-los, os une
Amigos, amantes ou almas gêmeas?
Que ignoram tempo e distância
Uma dupla que trilha caminhos
Há milhares de anos.
Caminhos desconhecidos
A serem desbravados
Nesse ritmo estarão a desfrutar
Das maravilhas prometidas por Deus
Transbordando em seus corações
A mais infinita tranquilidade
E inquietação jamais sentida
Na interminável antítese das suas vidas!
Sol&Lua
Pirpirituba, 2021
TORMENTOS
A dor que atropela meus sentimentos
Evapora no silêncio dos meus sonhos
O remédio dos tormentos não chegou
A tempo para salvar os sonhos tolos
Ilusão nos acompanha nas noites frias
De uma solidão indesejada
A mente dos acordados
No mapa dos sentimentos afetados.
Emiliano de Melo
Guarabira, 2022
A dor que atropela meus sentimentos
Evapora no silêncio dos meus sonhos
O remédio dos tormentos não chegou
A tempo para salvar os sonhos tolos
Ilusão nos acompanha nas noites frias
De uma solidão indesejada
A mente dos acordados
No mapa dos sentimentos afetados.
Emiliano de Melo
Guarabira, 2022
MUNDO UTÓPICO
Às vezes defendemos algo
Que imaginamos ser verdade
Quando a verdade é apresentada
De forma fantasiosa.
Nessa defesa há
Um "vai com as negas"
O que há séculos foi criado
Para justamente arrebanhar
Os exércitos dos "advogados"
Do mundo utópico.
Mas as lágrimas que seus olhos veem
Caindo dos olhos alheios
Podem não ser a emoção
Do imaginário daquele momento!
Emiliano de Melo
Guarabira, 2021
Às vezes defendemos algo
Que imaginamos ser verdade
Quando a verdade é apresentada
De forma fantasiosa.
Nessa defesa há
Um "vai com as negas"
O que há séculos foi criado
Para justamente arrebanhar
Os exércitos dos "advogados"
Do mundo utópico.
Mas as lágrimas que seus olhos veem
Caindo dos olhos alheios
Podem não ser a emoção
Do imaginário daquele momento!
Emiliano de Melo
Guarabira, 2021
Amor é vida
Joseraldo Ramos
O que seria de nós se não fosse o amor,
Esse sentimento oculto e abstrato?
Pois falando dele sempre me retrato
A uma semente em mim que você plantou.
Semente em minha Vida que não mais é dor,
Resgate de uma alma sem fazer distrato,
Amor pra toda vida sem fazer contrato,
Sentimento único que em mim ficou.
Sem o seu sorriso tudo se faz triste,
Sou corpo sem alma, nada em mim existe,
Apenas contigo é que me sinto feliz.
Pelo que vivemos e vamos viver,
Me faça ver que o que dedico a você,
Vive hoje em mim porque sempre quis.
Joseraldo Ramos
O que seria de nós se não fosse o amor,
Esse sentimento oculto e abstrato?
Pois falando dele sempre me retrato
A uma semente em mim que você plantou.
Semente em minha Vida que não mais é dor,
Resgate de uma alma sem fazer distrato,
Amor pra toda vida sem fazer contrato,
Sentimento único que em mim ficou.
Sem o seu sorriso tudo se faz triste,
Sou corpo sem alma, nada em mim existe,
Apenas contigo é que me sinto feliz.
Pelo que vivemos e vamos viver,
Me faça ver que o que dedico a você,
Vive hoje em mim porque sempre quis.
Por um amor além da vida
Joseraldo Ramos
Que toda forma de amor seja vivida.
Pois cada dia em que eu te procurava,
Mesmo sem te conhecer eu já sonhava,
Com a tua existência em minha vida.
Por ti vivi em outras vidas pertencidas,
E assim tanto esperei em abstinência,
Esperando que em mim essa vivência.
Se renovasse na nossa última partida.
Esse amor que em nós nasceu não se apequena,
Mesmo diante da moral que nos condena,
Os corações não nos trai, não nos ilude.
Que o tudo que vivemos se eternize,
E que cá dentro o meu cérebro memorize,
Nossos momentos de forma tão amiúde.
Joseraldo Ramos
Que toda forma de amor seja vivida.
Pois cada dia em que eu te procurava,
Mesmo sem te conhecer eu já sonhava,
Com a tua existência em minha vida.
Por ti vivi em outras vidas pertencidas,
E assim tanto esperei em abstinência,
Esperando que em mim essa vivência.
Se renovasse na nossa última partida.
Esse amor que em nós nasceu não se apequena,
Mesmo diante da moral que nos condena,
Os corações não nos trai, não nos ilude.
Que o tudo que vivemos se eternize,
E que cá dentro o meu cérebro memorize,
Nossos momentos de forma tão amiúde.
Repressão
Observava a sua obra inacabada
Ali, trêmulo, ainda que não de medo
O vigor incansável se foi tão cedo
Entusiasmo pereceu naquela estrada.
Num canto adormeceu a velha enxada
Sua caneta, instrumento e brinquedo
Companheira sem mistério, nem segredo
Na árdua labuta do dia a dia enfrentada.
O destino sempre lhe foi tão mesquinho
A sorte sequer lhe sorriu um pouquinho
Até já foi para o céu a sua doce amada.
Na correria dos afazeres passou a vida
De gozo e de prazeres reprimida
Tanta coisa a fazer se tornou nada.
(Diógenes de Brito)
Observava a sua obra inacabada
Ali, trêmulo, ainda que não de medo
O vigor incansável se foi tão cedo
Entusiasmo pereceu naquela estrada.
Num canto adormeceu a velha enxada
Sua caneta, instrumento e brinquedo
Companheira sem mistério, nem segredo
Na árdua labuta do dia a dia enfrentada.
O destino sempre lhe foi tão mesquinho
A sorte sequer lhe sorriu um pouquinho
Até já foi para o céu a sua doce amada.
Na correria dos afazeres passou a vida
De gozo e de prazeres reprimida
Tanta coisa a fazer se tornou nada.
(Diógenes de Brito)
Amor próprio
Quando a solidão
é um passaporte
para a nossa liberdade
temos que aprender
a ser livres,
sem deixar
que ela em nós
faça morada.
Que mesmo aliada
do silêncio
e da saudade,
não esvazie
nossos corações,
e preencha lacunas
de ausências
e incertezas
com muita música
e poesia.
Que ela nos dê, sim,
aulas de sobrevivência
e nos ensine que tudo
são circunstâncias.
E que nos faça, sobretudo,
não mais querer saber
do passado,
do que se foi,
mesmo que isso ainda
nos cause dor,
na certeza feliz
de que jamais acabou
o nosso amor próprio.
(Diógenes de Brito)
Quando a solidão
é um passaporte
para a nossa liberdade
temos que aprender
a ser livres,
sem deixar
que ela em nós
faça morada.
Que mesmo aliada
do silêncio
e da saudade,
não esvazie
nossos corações,
e preencha lacunas
de ausências
e incertezas
com muita música
e poesia.
Que ela nos dê, sim,
aulas de sobrevivência
e nos ensine que tudo
são circunstâncias.
E que nos faça, sobretudo,
não mais querer saber
do passado,
do que se foi,
mesmo que isso ainda
nos cause dor,
na certeza feliz
de que jamais acabou
o nosso amor próprio.
(Diógenes de Brito)
A vida que se leva!
Ah! Com certeza e emoção,
Com um sentimento capaz
De um amor que satisfaz,
Numa firme demonstração
II
Do prazer que a vida nos faz,
Motivo de satisfação
De um passado em ação
Do poeta que se refaz
III
Pela força do trabalho
Ah! Com amor e carinho,
Olhando sempre pra frente.
IV
Desde jovem que trabalho,
Não esquecendo o espinho
Na essência, oh! Crescente!
Manoel Antônio Dos Santos
Guarabira-PB,14/dez/2021
Ah! Com certeza e emoção,
Com um sentimento capaz
De um amor que satisfaz,
Numa firme demonstração
II
Do prazer que a vida nos faz,
Motivo de satisfação
De um passado em ação
Do poeta que se refaz
III
Pela força do trabalho
Ah! Com amor e carinho,
Olhando sempre pra frente.
IV
Desde jovem que trabalho,
Não esquecendo o espinho
Na essência, oh! Crescente!
Manoel Antônio Dos Santos
Guarabira-PB,14/dez/2021
ELISABETE LEITE
(Pelo seu aniversário em 24 de maio)
Essa amizade que nos devota
Louvamos graças todos os dias
Isso porque quem bater à sua porta
Seja quem for se precisar um dia
Aquele afago que na alma você tem
Basta um olhar, um abraço você vem
Encantar os corações de todo mundo
Teu eu poético é muito mais profundo
Enquanto as rimas nos deixam mudos.
Lealdade você tem até de sobra
E para todos nós és muito especial
Inteligente, gentil e muito amiga
Talentosa e humana por demais
És poetisa e contista sensacional .
Socorro Almeida
Rita de Cássia
(Pelo seu aniversário em 24 de maio)
Essa amizade que nos devota
Louvamos graças todos os dias
Isso porque quem bater à sua porta
Seja quem for se precisar um dia
Aquele afago que na alma você tem
Basta um olhar, um abraço você vem
Encantar os corações de todo mundo
Teu eu poético é muito mais profundo
Enquanto as rimas nos deixam mudos.
Lealdade você tem até de sobra
E para todos nós és muito especial
Inteligente, gentil e muito amiga
Talentosa e humana por demais
És poetisa e contista sensacional .
Socorro Almeida
Rita de Cássia