Blog Maçayó
Edição nº 494
Tema das Imagens: Festas Juninas
Matuto Feliz
Manoel Firmino dos Santos
Em:23/06/2022.
Meu sotaque é arrastado
As palavras atrapalhada
A elite não entende
Quando falo de buchada
Que saber como faz
Pois é gostosa demais
É víscera de bode picada.
Venha com seu português,
Que vou com meu linguajar
Fale o seu coloquial
Que gosto de conversar
Minha língua meio solta
Molha dentro da boca
Quando começo a cantar.
Estou um pouco triste
Com que tá acontecendo
Tão matando o São João,
A cultura tá morrendo
Tão trocando o forró
Em música que dança só,
Isso não tô entendendo.
Nada contra os cantores
Que são de outro estilo
É que sou nordestino
Nossa cultura tem brilho
Sanfona, zabumba e repente,
Para alegrar nossa gente
E muita comida de milho.
Não me preocupo
Por te sido criticado
Meu oxente é lindo
Meu povo é arretado
Sou um matuto feliz
Dono do meu nariz,
E por Deus abençoando.
manoelfirmino08@gmail.com
(83)986784726.
Manoel Firmino dos Santos
Em:23/06/2022.
Meu sotaque é arrastado
As palavras atrapalhada
A elite não entende
Quando falo de buchada
Que saber como faz
Pois é gostosa demais
É víscera de bode picada.
Venha com seu português,
Que vou com meu linguajar
Fale o seu coloquial
Que gosto de conversar
Minha língua meio solta
Molha dentro da boca
Quando começo a cantar.
Estou um pouco triste
Com que tá acontecendo
Tão matando o São João,
A cultura tá morrendo
Tão trocando o forró
Em música que dança só,
Isso não tô entendendo.
Nada contra os cantores
Que são de outro estilo
É que sou nordestino
Nossa cultura tem brilho
Sanfona, zabumba e repente,
Para alegrar nossa gente
E muita comida de milho.
Não me preocupo
Por te sido criticado
Meu oxente é lindo
Meu povo é arretado
Sou um matuto feliz
Dono do meu nariz,
E por Deus abençoando.
manoelfirmino08@gmail.com
(83)986784726.
LEITURA DE DOMINGO
UM AMOR PARALELO
Era inverno, o sol resolveu resplandecer tênue por entre as folhas verdes dos coqueiros. A praia estava quase deserta, mas algumas pessoas já caminhavam em passos lentos, sem muita pressa de chegar a lugar nenhum.
A doce Clara chegou esbanjando beleza e cabelos esvoaçantes; seu olhar viajou por toda extensão da praia, como se estivesse à procura de alguém. Ela ficou, inerte, olhando o vai e vem das ondas que quebravam à beira-mar e formavam um branco lençol espumante. De repente, alguém se aproximou, e disse-lhe:
- Clara, estou muito atrasado?
A garota se virou e respondeu-lhe:
- Sim, não tem problema! O importante é a sua presença porque preciso falar com você.
O rapaz olhou fixamente para a jovem, e continuou falando:
- Ainda bem que você entendeu! Não posso sair toda hora de casa. Mariana piorou muito nesses últimos dias!
A garota parecia sensibilizada, uma lágrima molhava seu rosto cálido, e continuou falando:
- Mário, precisamos conversar! Nosso amor aconteceu sem a gente esperar, não era para ser assim.
- Clara, aconteceu sim, eu nunca escondi a doença de Mariana. Eu não posso abandoná-la quase moribunda em cima de um leito. Respondeu-lhe.
- Eu não quero que você abandone Mariana! Você está louco! Ao contrário vou dar um basta nisso tudo. Já fomos longe demais. Clara virou as costas e saiu chorando.
Mário ficou olhando a jovem desaparecer... Ele tinha certeza que tudo estava terminado, porque ele sabia que não tinha sido leal com ninguém, era um leviano. Fazia Clara sofrer sem merecer. E escondia de Mariana algo tão sério.
Clara voltou para casa, convicta que Mário iria procurá-la em breve. Ela ficou pensativa: “Eu sei que Mário irá me procurar, mas não quero sofrer e nem fazer ninguém sofrer. Por mim, tudo está terminando."
Enquanto isso, no outro lado da cidade, Mário entrou no quarto de Mariana, sua esposa, que tinha uma doença em estágio terminal. Ele entrou de mansinho e ficou chorando baixinho para não incomodá-la. Logo depois, mandou uma mensagem para Clara, dizendo que queria falar com ela, urgentemente... Já era noite quando Mário chegou ao local do encontro, e ficou esperando por Clara. A garota chegou um pouco depois dele, e disse-lhe:
- Mário, tomei uma decisão difícil para mim, porém resolvi pôr um fim nesse nosso amor impossível. Mariana precisa de você mais que eu; seja fiel à ela até seus últimos suspiros de vida.
O jovem Mário olhou para ela, e perguntou-lhe:
- Você quer dizer que vai me abandonar?
Clara olhou fixamente para ele, e respondeu-lhe:
- Sim, espero que você fique bem! Você não deveria ter alimentado algo tão cruel, estou sofrendo muito, mas escolho meu sofrimento, pois não quero ser responsável pelo sofrimento de ninguém. Mariana não merece sofrer e nem tão pouco ela é culpada pela nossa leviandade, pois ela confiou em você e nas suas atitudes.
Mário, olhou nos olhos de Clara, e disse-lhe:
- Clara, muito lhe admiro! Você está certa. Vamos consertar nosso erro! E por fim à algo que nem deveria ter começado.
O tempo passou... Após a morte de Mariana, Mário continuou na cidade, lutando contra sua perda. Enquanto Clara viajou para outro País na intenção de esquecer tudo. Eles nunca mais se viram! Porém Clara sentia-se feliz pela sua atitude tão nobre.
São tantas histórias assim…
Elisabete Leite - 21/06/2022
Era inverno, o sol resolveu resplandecer tênue por entre as folhas verdes dos coqueiros. A praia estava quase deserta, mas algumas pessoas já caminhavam em passos lentos, sem muita pressa de chegar a lugar nenhum.
A doce Clara chegou esbanjando beleza e cabelos esvoaçantes; seu olhar viajou por toda extensão da praia, como se estivesse à procura de alguém. Ela ficou, inerte, olhando o vai e vem das ondas que quebravam à beira-mar e formavam um branco lençol espumante. De repente, alguém se aproximou, e disse-lhe:
- Clara, estou muito atrasado?
A garota se virou e respondeu-lhe:
- Sim, não tem problema! O importante é a sua presença porque preciso falar com você.
O rapaz olhou fixamente para a jovem, e continuou falando:
- Ainda bem que você entendeu! Não posso sair toda hora de casa. Mariana piorou muito nesses últimos dias!
A garota parecia sensibilizada, uma lágrima molhava seu rosto cálido, e continuou falando:
- Mário, precisamos conversar! Nosso amor aconteceu sem a gente esperar, não era para ser assim.
- Clara, aconteceu sim, eu nunca escondi a doença de Mariana. Eu não posso abandoná-la quase moribunda em cima de um leito. Respondeu-lhe.
- Eu não quero que você abandone Mariana! Você está louco! Ao contrário vou dar um basta nisso tudo. Já fomos longe demais. Clara virou as costas e saiu chorando.
Mário ficou olhando a jovem desaparecer... Ele tinha certeza que tudo estava terminado, porque ele sabia que não tinha sido leal com ninguém, era um leviano. Fazia Clara sofrer sem merecer. E escondia de Mariana algo tão sério.
Clara voltou para casa, convicta que Mário iria procurá-la em breve. Ela ficou pensativa: “Eu sei que Mário irá me procurar, mas não quero sofrer e nem fazer ninguém sofrer. Por mim, tudo está terminando."
Enquanto isso, no outro lado da cidade, Mário entrou no quarto de Mariana, sua esposa, que tinha uma doença em estágio terminal. Ele entrou de mansinho e ficou chorando baixinho para não incomodá-la. Logo depois, mandou uma mensagem para Clara, dizendo que queria falar com ela, urgentemente... Já era noite quando Mário chegou ao local do encontro, e ficou esperando por Clara. A garota chegou um pouco depois dele, e disse-lhe:
- Mário, tomei uma decisão difícil para mim, porém resolvi pôr um fim nesse nosso amor impossível. Mariana precisa de você mais que eu; seja fiel à ela até seus últimos suspiros de vida.
O jovem Mário olhou para ela, e perguntou-lhe:
- Você quer dizer que vai me abandonar?
Clara olhou fixamente para ele, e respondeu-lhe:
- Sim, espero que você fique bem! Você não deveria ter alimentado algo tão cruel, estou sofrendo muito, mas escolho meu sofrimento, pois não quero ser responsável pelo sofrimento de ninguém. Mariana não merece sofrer e nem tão pouco ela é culpada pela nossa leviandade, pois ela confiou em você e nas suas atitudes.
Mário, olhou nos olhos de Clara, e disse-lhe:
- Clara, muito lhe admiro! Você está certa. Vamos consertar nosso erro! E por fim à algo que nem deveria ter começado.
O tempo passou... Após a morte de Mariana, Mário continuou na cidade, lutando contra sua perda. Enquanto Clara viajou para outro País na intenção de esquecer tudo. Eles nunca mais se viram! Porém Clara sentia-se feliz pela sua atitude tão nobre.
São tantas histórias assim…
Elisabete Leite - 21/06/2022
DESPEDIDA
Não penses que chorei na tua despedida
Tua ingratidão anulou todo aquele esplendor
Levaste contigo aquele meu sonho de menina
Deixando o meu coração, e minh'alma ferida...
Abandonando meu barco em águas proibidas
Foste inconsequente, desumano e sem pudor
Partindo sozinho para uma Ilha esquecida
Tiraste de mim o luar, o sol, a fonte de calor...
Não penses que vou sofrer uma paixão recolhida
Pouco restou desses momentos, só solidão e dor
Tu eras uma pessoa completamente reprimida
Fingias possuir um sentimento avassalador...
Deixando-me sem norte, completamente perdida
Fizeste de mim seu passatempo, de humor
Foram tantos erros e ações descabidas
Que agora resolvi: ponto final em nosso amor!
Elisabete Leite
Não penses que chorei na tua despedida
Tua ingratidão anulou todo aquele esplendor
Levaste contigo aquele meu sonho de menina
Deixando o meu coração, e minh'alma ferida...
Abandonando meu barco em águas proibidas
Foste inconsequente, desumano e sem pudor
Partindo sozinho para uma Ilha esquecida
Tiraste de mim o luar, o sol, a fonte de calor...
Não penses que vou sofrer uma paixão recolhida
Pouco restou desses momentos, só solidão e dor
Tu eras uma pessoa completamente reprimida
Fingias possuir um sentimento avassalador...
Deixando-me sem norte, completamente perdida
Fizeste de mim seu passatempo, de humor
Foram tantos erros e ações descabidas
Que agora resolvi: ponto final em nosso amor!
Elisabete Leite
ENCONTRO DE POETAS
COM MAIS HUMILDADE
Foi assim que nós chegamos ao fim
Por intolerância, que só nos coube viver
Amargura e solidão ou talvez mais
Muito mais do que possamos dizer.
A arrogância pra quem ama é tão danosa
Quanto um quarto escuro para uma criança
Nem o sol da manhã lhe traz esperança
Pra não sofrer outras noites dolorosas.
Como se a vida fosse eterna pros dois
Quanta coisa se perdeu nos corações
Que agora é tarde resgatar ou reviver
As nossas moribundas emoções!
Fingindo então que nada se perdeu
Que nos importa se tudo hoje é saudade?
Que nos sirva de lição essa dor de agora
E sigamos a vida com mais humildade!
Socorro Almeida
Recife, 30/01/2022
Foi assim que nós chegamos ao fim
Por intolerância, que só nos coube viver
Amargura e solidão ou talvez mais
Muito mais do que possamos dizer.
A arrogância pra quem ama é tão danosa
Quanto um quarto escuro para uma criança
Nem o sol da manhã lhe traz esperança
Pra não sofrer outras noites dolorosas.
Como se a vida fosse eterna pros dois
Quanta coisa se perdeu nos corações
Que agora é tarde resgatar ou reviver
As nossas moribundas emoções!
Fingindo então que nada se perdeu
Que nos importa se tudo hoje é saudade?
Que nos sirva de lição essa dor de agora
E sigamos a vida com mais humildade!
Socorro Almeida
Recife, 30/01/2022
COMO ÉS PARA MIM
Meu amor por ti, ainda que não pareça
É tudo que meu coração ao universo projetou
E Deus que é o responsável por tanta beleza
Ao criar os horizontes, as ondas crespas do mar
Os oceanos em toda a sua grandeza
Fazem de ti o encanto das manhãs de sol
Para pousar em tuas faces quentes e macias
Pra nada mais desejar desse universo que é teu!
Não é por isso apenas que te amo
É tua imagem refletida em meu coração
Que eleva minha alma até às mãos do Divino
Para declinar meus sonhos em total gratidão!
Socorro Almeida
Recife, 14/08/2021
Meu amor por ti, ainda que não pareça
É tudo que meu coração ao universo projetou
E Deus que é o responsável por tanta beleza
Ao criar os horizontes, as ondas crespas do mar
Os oceanos em toda a sua grandeza
Fazem de ti o encanto das manhãs de sol
Para pousar em tuas faces quentes e macias
Pra nada mais desejar desse universo que é teu!
Não é por isso apenas que te amo
É tua imagem refletida em meu coração
Que eleva minha alma até às mãos do Divino
Para declinar meus sonhos em total gratidão!
Socorro Almeida
Recife, 14/08/2021
Feridas
Por: Joseraldo Silva Ramos
Perdido na imensidão do teu olhar,
Me encontro no abraço dos teus braços,
É nele que descanso meu cansaço,
E após o ato volto a caminhar.
Nessa luta sem vencido ou vencedor,
Sobre ela o repouso do guerreiro
Eu me sinto saciado por inteiro
Onde horas és Senhora e eu Senhor.
Nesse cenário de palavras incontidas,
Onde se esquece das dores e das feridas,
Nos desencontros das nossas voltas e idas.
Assim somos nós nesse momento,
Em atos, gestos e pensamentos
E espero que sejamos pela vida.
Por: Joseraldo Silva Ramos
Perdido na imensidão do teu olhar,
Me encontro no abraço dos teus braços,
É nele que descanso meu cansaço,
E após o ato volto a caminhar.
Nessa luta sem vencido ou vencedor,
Sobre ela o repouso do guerreiro
Eu me sinto saciado por inteiro
Onde horas és Senhora e eu Senhor.
Nesse cenário de palavras incontidas,
Onde se esquece das dores e das feridas,
Nos desencontros das nossas voltas e idas.
Assim somos nós nesse momento,
Em atos, gestos e pensamentos
E espero que sejamos pela vida.
Quem me dera
Quem me dera
Ser uma criança
Que vive a brincar
A correr, a cantar
Saltitar.
Quem me dera
Ser como uma criança
Que chora e logo sorri
Que apanha e logo se esquece
E faz biquinho quando se entristece.
Quem me dera
Ter a sua imaginação
Pra virar a cadeira
E fazer dela um navio
Uma casa, um trem
A direcionar minha vida.
Quem me dera
Voltar a ser criança
E virar este mundo
Pelo avesso
Quem me dera.
Diógenes de Brito
Quem me dera
Ser uma criança
Que vive a brincar
A correr, a cantar
Saltitar.
Quem me dera
Ser como uma criança
Que chora e logo sorri
Que apanha e logo se esquece
E faz biquinho quando se entristece.
Quem me dera
Ter a sua imaginação
Pra virar a cadeira
E fazer dela um navio
Uma casa, um trem
A direcionar minha vida.
Quem me dera
Voltar a ser criança
E virar este mundo
Pelo avesso
Quem me dera.
Diógenes de Brito
Como Adão e Eva
Não fiz e foi grande o prazer
Tive pressa de violar o proibido
Música foi aquela voz a me dizer
“Não, isso não lhe é permitido.”
Satisfaz-me o poder de desfazer
De jurar pelo o que já foi perdido
De mentir, de atirar, de perverter
Num pálido sarcasmo enrijecido.
É assim, somos sempre opostos
Fastidiosos de tristes rostos
Traídos pelos amarelados risos.
Preferimos as trevas e não a luz
A maça, a serpente que seduz
Ainda que existissem mil paraísos.
Diógenes de Brito
Não fiz e foi grande o prazer
Tive pressa de violar o proibido
Música foi aquela voz a me dizer
“Não, isso não lhe é permitido.”
Satisfaz-me o poder de desfazer
De jurar pelo o que já foi perdido
De mentir, de atirar, de perverter
Num pálido sarcasmo enrijecido.
É assim, somos sempre opostos
Fastidiosos de tristes rostos
Traídos pelos amarelados risos.
Preferimos as trevas e não a luz
A maça, a serpente que seduz
Ainda que existissem mil paraísos.
Diógenes de Brito
Coração em chamas
Carlos Isaac
Quando uma nova emoção de mim se apossa,
Sinto verter no meu peito a esperança
De transformar meus desejos de criança
Nas lembranças que em mim ainda é tão nossa.
Dependente de ti para que eu possa
Me sentir embalado em uma nova dança,
Dia a dia procuro essa esperança
Que me incita, me anima, me remoça.
Porque sonhos sem sonha-los não os temos,
É preciso persegui-los para vivermos,
O que um dia essa vida nos furtou.
Passaremos assim, num túnel sem fim,
E participaremos de todos os festins
Dos banquetes que a vida nos ofertou.
Carlos Isaac
Quando uma nova emoção de mim se apossa,
Sinto verter no meu peito a esperança
De transformar meus desejos de criança
Nas lembranças que em mim ainda é tão nossa.
Dependente de ti para que eu possa
Me sentir embalado em uma nova dança,
Dia a dia procuro essa esperança
Que me incita, me anima, me remoça.
Porque sonhos sem sonha-los não os temos,
É preciso persegui-los para vivermos,
O que um dia essa vida nos furtou.
Passaremos assim, num túnel sem fim,
E participaremos de todos os festins
Dos banquetes que a vida nos ofertou.
Juntando pedaços
Por: Carlos Isaac
Se os meus poemas, eu sei que jamais leste
Então devolva o livro que um dia te dei,
Nele a ti confesso o quanto pequei,
Ao escrever poemas ardentes como aqueles.
Faço esse apelo, espero que aceites,
Sem a alma ferida, com que eu aceitei,
Mesmo que não leves o tempo que levei,
Pra desconstruir os versos que um dia fiz neles.
E ao devolvê-lo tragas a minha vida,
Que outrora levaste minha antes querida,
Nos versos dos poemas que um dia te fiz.
Entre ontem e hoje, tempo não teremos,
Porque no agora é do que vivemos,
Na incessante busca do que sempre se quis.
Por: Carlos Isaac
Se os meus poemas, eu sei que jamais leste
Então devolva o livro que um dia te dei,
Nele a ti confesso o quanto pequei,
Ao escrever poemas ardentes como aqueles.
Faço esse apelo, espero que aceites,
Sem a alma ferida, com que eu aceitei,
Mesmo que não leves o tempo que levei,
Pra desconstruir os versos que um dia fiz neles.
E ao devolvê-lo tragas a minha vida,
Que outrora levaste minha antes querida,
Nos versos dos poemas que um dia te fiz.
Entre ontem e hoje, tempo não teremos,
Porque no agora é do que vivemos,
Na incessante busca do que sempre se quis.